Quem nunca ouviu a Black Friday sendo chamada de “Black Fraude”? São tantos cartazes de promoção, que parece até a música que o Simba canta no Rei Leão “olhe pra direita, olhe pra esquerda, pra que lado olhe, eu estou em foco!”. Em meio a tantas promoções, será que todas, realmente são promoções?
Infelizmente, todo ano é comum se ouvir histórias de pessoas que, pensando estar aproveitando uma promoção da Black Friday, acabaram comprando produtos, às vezes, até mais caros que no preço normal.
Mas, também é comum vermos pessoas que compraram produtos com preços realmente bem menores que o normal. Um dos maiores desafios dos consumidores nesse tempo é saber lidar com as promoções, no sentido de aproveitar o que realmente está barato e não ser enganado pela “Black Fraude”.
Mas, como ter certeza de que não se está sendo enganado, em meio a tantas promoções e propaganda?
Realmente está precisando disso?
Antes de aproveitar a promoção, faça um planejamento financeiro para não acabar sendo uma vítima de uma cultura consumista, no sentido de se endividar e se complicar financeiramente, comprando algo que não era necessário no momento e que estava fora das suas condições do momento.
Procure se programar com antecedência, quanto antes começar a juntar o dinheiro, mais vai poder gastar sem medo de ser feliz, quando a semana da Black Friday chegar. E procure não gastar com algo que não precisa, como uma história que o rapaz chega em casa e diz:
“mãe, a promoção de gato estava com um preço muito bom no mercado, aproveitei e comprei uma caixa logo” a mãe vira pro filho e responde “mas, nem temos gato filho”.
Quantas vezes não fazemos semelhante, comprando coisas que não são necessárias, apenas para aproveitar uma promoção.
Fica ligado heim
Outro ponto importante de se ter em mente, é um planejamento com antecedência do que irá comprar na Black Friday, é que você poderá acompanhar as variações de preço desse produto no decorrer do tempo, assim, saberá se a promoção é realmente verdadeira e não só um cartaz colado para chamar mais a atenção do consumidor, o levando a comprar.
Não se planejou antes e quer aproveitar sem preocupação? Confira algumas dicas que você pode seguir:
- Procure ver os comentários online, pesquise o histórico da empresa, para isso, você poderá utilizar o site reclameaqui.com.
- Vai comprar online? Veja o histórico do site, cuidado para não cair em armadilhas, como sites falsos, verifique se aparece o “cadeadinho” onde você digita o link, esse cadeado diz que o site é seguro.
- Cuidado com Banners, é muito comum um banner redirecionar para sites falsos e/ou vírus.
- Veja se há comentários de clientes antigos no produto que você está de olho.
- Pesquise em outros estabelecimentos antes de efetuar a compra, pesquise online, veja telefones de lojas físicas que você pode ligar, pesquise, pesquise e pesquise mais um pouco.
Quais são os seus direitos
Em meio a tantas promoções e euforia, há algumas organizações que se aproveitam e vendem produtos com alguma avaria, como um arranhão, com um preço mais baixo, mas, fique atento! Se a redução do preço for por conta de algum problema, essa informação deve estar bem clara e avisada previamente.
Comprou, passou nem um mês e já apresentou defeito? A loja é obrigada, por lei, a reparar a falha em até 30 dias. Na ausência de conserto, você terá três opções que podem ser tomadas, uma é exigir a troca por outro produto, outra opção é a devolução integral da quantia paga, atualizada se for o caso. E, por último, abatimento proporcional do preço.
Comprou pela internet e se arrependeu? Nesse caso, você possui sete dias, a partir da entrega, para cancelar, mesmo que o produto não apresente nenhum defeito. Isso é válido para qualquer compra feita fora de loja, o que inclui, além da internet, catálogos e por telefone. Esses sete dias são garantidos por lei, mesmo que a loja afirme possuir uma política de devolução diferente.
Qualquer informação que a loja te passar, seja declaração do vendedor ou, até mesmo, uma publicidade no site, contém valor contratual, de forma que a empresa se torna responsável a cumprir.
Para ajudar a prevenir alguns problemas, o governo criou o portal consumidor.gov, onde o cidadão pode acompanhar e pesquisar o histórico de organizações. O consumidor pode, também, entrar no reclameaqui.com para visualizar esse histórico. Ambos contém, inclusive, taxa de resolução dos problemas.
Caso surja algum problema, você poderá acionar o Procon, ligando no 151, e/ou procurar um advogado, mas, espero que isso não seja necessário. Aproveite, e lembre-se de pesquisar antes de comprar.