Um Carro 0km é o sonho de muitos brasileiros. Mas, na hora de financiar o carro, são tantos detalhes, tanta burocracia que, a menos que o consumidor tenha um conhecimento, pode acabar se confundindo e escolhendo uma opção que não seja tão vantajosa.
Com uma redução nas taxas e o lançamento de novos modelos, o setor automobilístico apresentou um crescimento de incríveis 15,1%, o maior crescimento em 11 anos, segundo o IBGE, o setor automotivo movimenta grande parte do PIB brasileiro.
Afinal, além de comodidade e conforto, o carro proporciona status, algo muito valorizado na cultura brasileira, sem contar que em muitas regiões do Brasil, onde o transporte público não funciona de forma eficaz, o carro é uma necessidade indispensável.
Mas, como escolher a forma do financiamento do carro? Como saber qual é a melhor forma para realizar o seu sonho?
CDC
Na hora de financiar o carro, ou moto, você irá se deparar com dois nomes e vai ter que escolher, CDC ou Leasing? Primeiramente, CDC significa Crédito Direto ao Consumidor. E como ele funciona exatamente?
O CDC é o campeão, no sentido de ser o mais utilizado, com um percentual de 77,8% dos financiamentos, contra 22,2 de Leasing. Em valores, foram aproximadamente 146,8 bilhões financiados por CDC e 41,8 bilhões de reais. Vale ressaltar, que o CDC tem apresentado uma linha de crescimento, enquanto o Leasing vem em uma curva de queda.
Uma das vantagens do CDC, é a praticidade, com um contrato mais simples de ser entendido, no CDC é possível antecipar as prestações, obtendo desconto nos juros. Cada prestação possui um valor fixo, adotando o sistema de amortização da Tabela Price (sistema francês), isso significa que cada prestação amortiza parte da dívida e parte dos juros.
A documentação do veículo fica no nome do comprador, motivo pelo qual os juros são um pouco mais elevados que no Leasing. Afinal, o risco para o banco é maior em caso de inadimplência. Mas, permite ao consumidor a transferência da dívida para um terceiro.
Leasing
Com o Leasing, a prestação fica menor, tendo uma economia ao final do financiamento. Contudo, a documentação não fica no nome do comprador, e sim, no nome do financiador, mantendo a taxa de juros mais baixa, por oferecer um menor risco, afinal, o veículo fica “alugado” ao comprador até a quitação, sendo possível ao financiador “confiscar” o veículo, caso haja inadimplência.
Como a documentação não fica no nome do comprador, é necessário pagar a taxa de transferência ao final do financiamento. Assim como, não é possivel ao comprador realizar a transferência da dívida para terceiros, nem que seja feito um adiantamento de parcelas antes de dois anos.
Todavia, possui um contrato mais complexo, tanto para se compreender, como para o vendedor explicar ao cliente o funcionamento. Embora não haja incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), caso o comprador deseje realizar a quitação da prestação 24 meses antes do prazo, terá que pagar uma taxa, por configurar uma quebra de contrato.
Qual escolher?
De forma que, na hora de comprar seu carro e escolher qual será a forma do financiamento, você precisa analisar alguns detalhes. Se pretende adiantar prestações, para ter desconto nos juros, o CDC pode ser a melhor opção, assim como será a melhor opção se pensar em vender o carro em pouco tempo e transferir a dívida para o terceiro.
Se o seu plano é ficar com o automóvel até quitar o veículo, talvez o Leasing seja a melhor opção, afinal, por ter uma taxa de juros menor, o financiamento pode acabar se mostrando a melhor opção, por ter a possibilidade de ser um pouco mais barato no final.