O parlamento britânico votou esmagadoramente na quarta-feira a favor do acordo do primeiro-ministro Boris Johnson com a União Européia, após quatro anos de negociações torturantes.
A aprovação de Boris
O projeto foi apoiado pela Câmara dos Comuns 521 a 73 e estabelece novas relações comerciais entre as duas regiões quatro anos após o Reino Unido ter votado o divórcio da União Europeia em 2016.
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A maioria dos parlamentares trabalhistas votou a favor do acordo depois que o líder Sir Keir Starmer disse que um “pequeno acordo era melhor do que nenhum acordo”.
O acordo de última hora evita um precipício potencialmente terrível de “não acordo” em 31 de dezembro, que teria feito a aliança UE-Reino Unido voltar às regras da Organização Mundial do Comércio – impondo tarifas, controles de fronteira e causando sérias perturbações entre os dois principais parceiros comerciais.
O acordo histórico, firmado após nove meses de intensas negociações, garante que o comércio de bens possa continuar sem tarifas ou cotas depois que o Reino Unido se libertar totalmente em 1º de janeiro.
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No entanto, as empresas e pessoas que desejam viajar para os 27 países da UE serão confrontados com mais papelada, declarações alfandegárias e outros regulamentos, de acordo com a BBC.
Os cidadãos da UE não poderão mais viver e trabalhar na Grã-Bretanha sem vistos – embora isso não se aplique aos mais de 3 milhões que já fazem isso – e os britânicos não podem mais trabalhar ou se aposentar automaticamente nas nações da UE.
Johnson, um legislador pró-Brexit, disse à BBC na quarta-feira que o plano era um “tratado bolo-ist”, porque o acordo permitiu ao Reino Unido ter seu bolo e comê-lo.
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No entanto, ainda existem perguntas sem resposta sobre a cooperação em segurança e o acesso ao mercado da UE para o setor de serviços financeiros da Grã-Bretanha.
Em uma entrevista coletiva, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu as negociações como “uma estrada longa e tortuosa“.
“É justo, é um negócio equilibrado e é a coisa certa e responsável a se fazer para ambos os lados”, disse ela.
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“Normalmente você sente alegria depois de um acordo comercial”, acrescentou ela.
“Hoje sinto apenas uma satisfação silenciosa e um alívio. Este é um dia difícil para alguns e para nossos amigos no Reino Unido, quero dizer que a despedida é uma doce tristeza.”
Traduzido e adaptado por equipe Folha BR
Fonte: New York Post
