Pequenos negócios foram os que mais geraram emprego com carteira assinada

Conforme levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as micro e pequenas empresas geraram mais de 210 mil empregos formais no ano passado. 

Entende-se que os empregos formais são caracterizados pela existência de um contrato de trabalho e pela assinatura da carteira de trabalho do empregado. Enquanto isso, os médios e grandes empreendimentos fecharam 193,6 mil postos. 

Pequenos negócios foram os que mais geraram emprego com carteira assinada
Fonte: (Reprodução/Internet)

Pequenas empresas revertem prejuízos da pandemia

A pesquisa feita pelo Sebrae com dados do Ministério da Economia, mostra que de todo o mercado, as pequenas empresas foram as únicas que conseguiram reverter os impactos causados pelo coronavírus. Mesmo no pior período da pandemia no início de 2020.

Pela sexta vez seguida, os pequenos negócios se sobressaíram, gerando 22,7 vagas de trabalho em dezembro. No mesmo período, as médias e grandes companhias demitiram mais do que geraram empregos fechando o mês com menos de 69 mil postos de trabalho. 

Em contrapartida, só as pequenas empresas encerraram o ano com 142,7 mil empregos criados. Alguns fatores colaboraram para esse desempenho. Conforme apontado, a diferença entre os empreendimentos no mercado de trabalho foi muito grande. 

Acesso ao crédito beneficiou os negócios

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o resultado obtido pelas micro e pequenas empresas é consequência da acessibilidade desses negócios às linhas de crédito e aos programas de incentivo do governo durante a pandemia. 

Além disso, as empresas que conseguiram migrar seus serviços no mundo digital também tiveram melhores desempenhos. Para Carlos Melles, esses fatores junto ao dinamismo dos micro e pequenos negócios colaboraram no aumento da geração de empregos.

Pesquisa aponta quais cargos abriram mais vagas

Consoante aos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no total o país gerou 142.690 empregos com carteira assinada no ano passado. Em razão da pandemia, cargos voltados para saúde, construção civil, alimentação e tecnologia viram sua demanda crescer.

Pequenos negócios foram os que mais geraram emprego com carteira assinada
Fonte: (Reprodução/Internet)

Por outro lado, empregos ligados a comércio e serviço foram os que mais perderam. Em quantitativo, esses cargos fecharam mais de 76 mil vagas de emprego. Por divisões, a indústria e a construção civil foram as que mais criaram postos de trabalho em 2020. 

Confira os 10 cargos que mais abriram vagas, segundo divulgação do Ministério da Economia:

  • Alimentador de linha de produção: 185.719 empregos;
  • Servente de obras: 63.167 empregos;
  • Técnico de enfermagem: 60.665 empregos;
  • Repositor de mercadorias: 39.267 empregos;
  • Motorista de Caminhão: 32.024 empregos;
  • Embalador à mão: 28.488 empregos;
  • Operador de telemarketing Ativo e Receptivo: 25.138 empregos;
  • Atendente de lojas e mercados: 24.861 empregos;
  • Enfermeiro: 24.799 empregos;
  • Auxiliar de logística: 23.015 empregos.

Governo adota medidas para prevenção de empregos

A pandemia também desencadeou outros números. Outros dados do Caged apontam que, desde o início do coronavírus no país até dezembro, cerca de 9.949.115 empregados com carteira assinada tiveram seu contrato de trabalho suspenso, bem como tiveram jornada de trabalho e salário reduzidos.

As medidas fazem parte do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM), criado pelo governo federal para preservar o emprego da população durante a crise. A iniciativa durou oito meses, mas poderá ser prorrogada. 

Em janeiro, Bruno Bianco, secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, declarou que o governo está avaliando a possibilidade de estender o programa. O objetivo seria proteger o mercado de trabalho contra os prejuízos da Covid-19.