O Nubank, a startup financeira mais proeminente da América Latina, arrecadou US$ 400 milhões na série G, sua sétima rodada de financiamento, avaliando-a entre as cinco principais instituições financeiras da região, disse seu CEO e fundador David Velez em entrevista.
Isso colocaria a fintech brasileira de maior crescimento anual, o Nubank, logo atrás dos gigantescos bancos que dominam o mercado do Brasil, como o Itaú Unibanco Holding SA, Banco Bradesco SA, Banco Santander Brasil SA e o XP Inc, de acordo com as suas capitalizações de mercado de quarta-feira (27).
A última rodada de financiamento avaliou o Nubank em cerca de US$ 25 bilhões, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto, mais do que dobrando sua avaliação desde a última rodada de financiamento em julho de 2019. O Nubank não quis comentar a avaliação.
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Nubank levantou em torno de US$ 1,2 billhão em financiamentos
A carteira de empréstimos da fintech Nubank é inferior a 1,5% do maior credor do Brasil, o Itaú, mas a avaliação de US$ 25 bilhões o colocaria em cerca de metade do valor de mercado do Itaú. O Nubank foi fundado em 2013 no Brasil como emissora de um cartão de crédito roxo sem anuidade. Desde então, conquistou 34 milhões de clientes, lançou novos produtos e se expandiu pela América Latina.
Nos últimos sete anos, a empresa de tecnologia financeira e cartões de crédito brasileira levantou por volta de US$ 1,2 bilhão em várias rodadas de financiamento. O investidor estatal de Cingapura GIC Pte Ltd, o investidor em tecnologia Whale Rock e Invesco lideraram a nova rodada de financiamento, ao lado dos investidores existentes Sequoia Capital, Tencent, Dragoneer e Ribbit.
O Nubank usará os recursos para expandir no Brasil e também no México e na Colômbia, disse Velez, um colombiano educado em Stanford que fundou o Nubank após experiências negativas com bancos brasileiros como um expatriado em São Paulo.
O Nubank lançou operações no México e na Colômbia no ano passado e ainda está ampliando essas subsidiárias por meio de negociações diretas com os órgãos regulatórios financeiros dos países. Também planeja lançar novos serviços, como cartões de crédito corporativos, impulsionar o crédito pessoal e expandir a sua unidade de corretagem Easynvest, voltada principalmente para pessoas de classe média.
Startup investe em seus profissionais e atendimento ao cliente
Segundo David Velez, o cofundador e CEO da empresa, eles passaram de 12 milhões de clientes em 2019 para 34 milhões apenas com base no boca a boca. Em setembro do ano passado, a empresa estava integrando 41 mil novos clientes por dia em uma base constante.
O Nubank se orgulha de ter um custo de aquisição de cliente de US$ 0. Velez disse que a startup gasta o que seria dinheiro de marketing em ótimos salários e atendimento ao cliente superior em comparação a outros bancos, o que por sua vez cria clientes “fanáticos” que compartilham seu amor pela marca com outras pessoas.
“2021 é o ano em que buscaremos o crescimento e a diversificação da base de clientes. Teremos mais produtos a oferecer, e nos tornaremos uma instituição financeira de serviço completo para os clientes”, disse Velez. O que começou como uma empresa de cartão de crédito agora funciona como um banco de serviço completo, sem as pesadas agências bancárias.
É graças a isso que foi possível encontrar uma maneira pela qual a empresa conseguiu alocar seu financiamento principalmente para o crescimento. Historicamente, para pagar suas contas mensais no Brasil, você tinha que ir a uma agência bancária e esperar na fila, muitas vezes do lado de fora no calor, até chegar a sua vez. Com o Nubank isso mudou, diz Velez.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha BR.
Fontes: Reuters e Techcrunch.