A principal moeda digital existente, surgiu junto o conceito de mineração, que é trabalhar nas transações de forma remunerada, mas ainda compensa minerar Bitcoins? Há 10 anos, uma unidade de Bitcoin equivalia a menos que 1 dólar e, em 2013, alcançou um valor superior a U$ 1.100. Hoje, seis anos depois, após sobreviver há algumas instabilidades, a moeda vale entre 9.800 a 10.500 dólares.
Existem alguns especialistas criticando a lucratividade do Bitcoin. Eles tocam na questão do risco de roubo, desvalorização e nas desvantagens da mineração. Contudo é importante lembrar que esses riscos são existentes na maioria dos investimentos! E, lógico, a decisão de arcar ou não com eles depende do perfil do investidor. Além disso, crescentemente os estabelecimentos têm aceitado Bitcoins. A loja de jogos Indie Gala e a Amazon, são alguns exemplos.
Riscos do Bitcoin
Em relação aos roubos, a moeda não é tão desassistida assim. Primeiramente, as operações são todas públicas — visíveis na Exchange, equivalente ao Banco Central para o Bitcoin. Depois, para roubar, o criminoso deverá se cadastrar na plataforma o que já torna o processo, em si, inviável. Hoje, o maior risco do Bitcoin chama-se Libras, a criptomoeda do Facebook.
E, por fim, para fazer a troca de câmbio, também haverá problemas. Porque as casas de câmbio funcionam sob rígidas legislações governamentais, que proíbem a “lavagem” de dinheiro. Então, por mais que se concretize o furto, o ladrão jamais poderá usufruir da quantia. Ou seja, se tornar um criminoso, a despeito dessa moeda digital, é totalmente inútil para o bandido. Justamente pela impossibilidade de usufruir de seu furto.
Agora, sob um olhar mais analítico e atual da possível desvalorização do Bitcoin, vamos falar sobre alguns fatos. Por exemplo, a partir do dia 1 de setembro, até 2020, o presidente Donald Trump irá aumentar em 5% a taxa de importação de bens chineses para os EUA. Essa guerra comercial é, verdadeiramente, uma ameaça aos investimentos tradicionais, pondo, portanto, a moeda digital em uma posição de relevante destaque.
Vale a pena minerar Bitcoin?
É relativo. Minerar por conta própria, com um computador domiciliar e usando sua própria rede de energia elétrica, não é mais um bom negócio. A máquinas apropriadas para minerar Bitcoins são da marca ASIC, por exemplo, e elas encontram sequências que tornam um bloco de transações compatíveis com um bloco anterior.
Isso exige algoritmos complexos e o minerador recebe uma recompensa (em torno de 12.5 BTC) por cada bloco minerado. São sete transações por segundo enquanto transações na bandeira Visa são da frequência de 24000. Frente à complexidade dessa tarefa, muitas empresas têm se especializado. Inclusive estão oferecendo a opção de mineração em nuvem o que poupa consideravelmente o hardware.
Então para o investidor só vale a pena realizar as compras. Ou ainda minerar outras moedas como a Zclassic (ZCL) e a Bulwark (BWK), algumas das criptomoedas para minerar. Mas para as empresas o negócio está cada vez melhor, ainda mais porque foram desenvolvidas calculadoras de lucratividade em mineração, como a CryptoCompare.
Minerar Bitcoins compensa
No dia 10 de maio desse ano, em 24h, mineradores lucraram 580 mil dólares com esse trabalho, segundo relatório da plataforma Messari. Bitcoin é, sem dúvidas, a moeda mais lucrativa de todas as criptomoedas. Então de um lado há um aumento na concorrência entre as empresas voltadas para esse ramo e também divulgação desses lucros.
E, por outro lado, a mineração pelas companhias continua sendo absurdamente vantajosa, até pela demanda. Interessado em saber se você se beneficiaria dos investimentos em Bitcoin? Confira o infográfico de uma pesquisa sobre como são os investidores brasileiros da moeda digital, quando o assunto é minerar Bitcoins.