O secretário de Estado Mike Pompeo na quarta-feira instou a Arábia Saudita a normalizar os laços com Israel e acrescentou que Washington apóia um “programa robusto de vendas de armas” para Riad.
A notícia chega dois meses depois que os acordos de Abraham, mediados pelos Estados Unidos, foram assinados entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
“Esperamos que a Arábia Saudita considere normalizar suas relações também. Queremos agradecê-los pela ajuda que tiveram no sucesso dos Acordos de Abraham até agora”, disse Pompeo após conversas com o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan Al Saud.
“Esperamos, também, que o Reino incentive o lado palestino a retornar ao diálogo e à negociação com Israel”, disse ele.
“Isso só aumentaria o tremendo progresso do Reino na promoção da paz e prosperidade regional em muitas frentes”, acrescentou.
Pompeo disse que o acordo “contribuiu muito para nossos objetivos comuns de paz e segurança regional“.
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“Eles refletem uma dinâmica de mudança na região, na qual os países reconhecem corretamente a necessidade de cooperação regional para conter a influência iraniana e gerar prosperidade”, disse Pompeo.
Pompeo disse que os Estados Unidos “apoiam um programa robusto de vendas de armas para a Arábia Saudita”, dizendo que ajudaria “a proteger seus cidadãos e a sustentar os empregos americanos”.
Logo após o anúncio de normalizar os laços entre os Emirados Árabes Unidos e Israel em agosto, a Arábia Saudita disse que não normalizaria as relações com o Estado judeu antes de um acordo de paz ser alcançado.
“A paz deve ser alcançada entre israelenses e palestinos, com base em parâmetros internacionais. Uma vez alcançado esse objetivo, tudo é possível”, disse al-Saud na época.
No entanto, a Arábia Saudita endossou tacitamente a normalização com outros Estados do Golfo por meio de uma série de etapas, como o anúncio do mês passado de que aviões israelenses com destino aos Emirados Árabes Unidos poderiam usar seu espaço aéreo.