Médico da linha de frente brasileira morre de coronavírus meses após receber placebo em teste de vacina

Um voluntário que morreu após participar dos testes da AstraZeneca com a vacina contra o coronavírus no Brasil recebeu um placebo, não a vacina, informaram vários veículos de notícias de dentro e de fora do país sul-americano na quarta-feira.

placebo covid 19
Foto: (reprodução/internet)

O laboratório brasileiro que abriga os testes não conseguiu confirmar a identidade do homem ou se ele recebeu uma dosagem de vacina candidata ou um placebo, revelou a revista Exame

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Citando questões de sigilo, nem os responsáveis ​​pelos exames nem a autoridade sanitária brasileira (Anvisa) disseram oficialmente “se o voluntário recebeu o placebo ou não”, acrescentou o jornal O Globo.

O Globo identificou o voluntário como o médico Pedro Rodrigues Feitosa, de 28 anos, do Rio de Janeiro. Afirmou que, de acordo com suas fontes, o homem morreu de complicações do coronavírus chinês, mas que contraiu o vírus meses depois de receber um placebo como parte dos testes da AstraZeneca

O jornal observou que amigos do médico postaram homenagens nas redes sociais e que ele tinha fama de trabalhar muitas horas por dia. Ele supostamente trabalhou como médico de primeira linha tratando diretamente de pacientes com coronavírus.

Ele teria recebido uma dose de uma substância do estudo clínico AstraZeneca / Oxford no final de julho. O médico adoeceu em setembro e seu estado piorou até a morte”, observou O Globo, em meados de outubro.

A Anvisa, agência de saúde brasileira, anunciou a morte do voluntário da AstraZeneca, mas disse que os testes vão continuar

Citando declaração do laboratório onde ocorreram os testes, a revista Exame disse que o centro não conseguiu “confirmar se [o brasileiro se ofereceu] recebeu uma dose da vacina ou participou do grupo placebo”.

No comunicado, o laboratório – Instituto D’or de Pesquisa e Ensino do Rio de Janeiro – declara:

“Seguindo os padrões internacionais de pesquisa clínica e respeitando os critérios de confidencialidade dos dados médicos, não podemos confirmar publicamente a participação de qualquer voluntário no estudo clínico com a vacina Oxford.”

A AstraZeneca e a Oxford University forneceram declarações semelhantes.

Todos os eventos médicos significativos são avaliados cuidadosamente pelos investigadores do estudo” e “essas avaliações não levaram a quaisquer preocupações sobre [a ‘continuação do estudo em andamento”, disse um porta-voz anônimo da AstraZeneca.

“Não houve preocupações sobre [a] segurança do ensaio clínico” após uma avaliação do caso no Brasil, acrescentou o porta-voz de Oxford, Alexander Buxton.

Ele acrescentou: “A revisão independente, além do regulador brasileiro, recomendou que o teste deveria continuar.

A empresa farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca é uma pioneira na corrida global da vacina contra o coronavírus chinês. 

Em parceria com a Universidade de Oxford, a AstraZeneca está atrás de uma das quatro candidatas nas últimas etapas de testes clínicos nos Estados Unidos.

Assim como acontece com a mídia brasileira, fontes não identificadas familiarizadas com a situação disseram à Bloomberg e à Reuters que o sujeito fazia parte do grupo de teste de placebo e não recebeu a vacina candidata.

A Reuters do Reino Unido relatou:

“Uma fonte familiarizada com o assunto disse à Reuters que o ensaio teria sido suspenso se o voluntário que morreu tivesse recebido a vacina COVID-19 [coronavírus chinês], sugerindo que a pessoa fazia parte do grupo de controle que recebeu a vacina contra a meningite.”

“Um participante que morreu durante um teste da vacina da AstraZeneca Plc [coronavírus chinês] no Brasil não havia recebido a vacina da empresa, segundo uma pessoa a par do assunto”, acrescentou Bloomberg.

A morte do voluntário ocorre no momento em que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro enfrenta pressão da esquerda para importar uma vacina desenvolvida pela China, o berço do coronavírus.

O governador de São Paulo João Doria, inimigo do Bolsonaro, “quer obrigar [os locais] a tomar a vacina que está sendo desenvolvida pela China em parceria com o Instituto Butantan” em seu estado, informou o conservador  Terca Livre  .

Na quarta-feira, Bolsonaro censurou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por trabalhar com Doria na compra de 46 milhões de doses da potencial vacina chinesa.

O povo brasileiro não será a cobaia de ninguém”, declarou Bolsonaro nas redes sociais, lembrando que a vacina ainda não terminou os testes. “Minha decisão é não comprar essa vacina.

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Nos Estados Unidos, a AstraZeneca suspendeu seu último teste de vacinas no início de setembro devido a uma doença inexplicada em um paciente do Reino Unido. 

No entanto, citando fontes não identificadas, a Reuters informou na terça-feira que a vacina “deve ser retomada esta semana, depois que a Food and Drug Administration dos EUA concluiu sua análise de uma doença grave em um participante do estudo“.

Alguns veículos de notícias da grande mídia nos Estados Unidos também têm promovido  vacinas candidatas desenvolvidas pela China, apesar da desonestidade documentada do regime comunista sobre a pandemia durante seus estágios iniciais. 

Especialistas internacionais consideram os dados de  vírus chineses não confiáveis.

Democratas proeminentes lançaram dúvidas sobre a eficácia de uma vacina potencial aprovada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro endossou a reeleição de Trump.

Traduzido e adaptado por equipe Folha BR
Fontes: BreitBart