Juros do cartão de crédito rotativo sobem para 300,3% em julho

 

No artigo, é possível encontrar outras taxas de juros importantes antes de contratar determinado serviço

Para quem planeja contratar um crédito rotativo, que é como um “crédito de emergência”, as notícias não são nada animadoras. Os juros do cartão de crédito rotativo em julho deste ano subiram, atingindo 300,03% ao ano. A alta foi de 0,2 ponto percentual em relação ao valor do mês anterior, junho, que atingiu uma taxa de 300,1%

Foto: (reprodução/internet)

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Os dados, publicados pelo Banco Central, mostram que julho deste ano teve a taxa mais alta desde maio de 2018, que estava em 302,7%. Quando comparado à taxa de julho do ano anterior, os gráficos mostram um aclive de 27,7 pontos percentuais, visto que, na época, foi registrada uma taxa de juros do cartão de crédito rotativo de 272,6%.

 

Detalhes sobre os aumentos

A taxa de juros do rotativo regular também sofreu aumentos. Esse tipo de taxa, que ocorre quando a pessoa paga o valor mínimo da fatura, teve uma alta de 31,6 pontos percentuais. Em julho de 2018, estava em 252,1%, e em julho deste ano atingiu 283,7%.

A taxa de juros do rotativo irregular, que é quando o cliente não paga nem o valor mínimo da fatura, teve um crescimento de 24,9 pontos percentuais, indo de 287% a 311,9% em apenas um ano.

As taxas de juros do cartão de crédito parcelado tiveram um pequeno aumento de 8,1 pontos percentuais, subindo de 167,1% para 175,2%. As regras que entraram em vigor em 2017 pelo Banco Central procuravam reduzir os juros do rotativo. O consumidor agora só pode pagar o valor mínimo por um mês. Depois disso, tem que quitar a dívida ou parcelá-la por outro tipo de crédito mais barato.

No mês de julho, as taxas de juros para o cheque especial tiveram uma queda de 3,5 pontos percentuais em relação a junho, e, em relação a julho de 2018, teve um aumento de 15,5 pontos percentuais, alcançando 318,7%.

No âmbito do crédito pessoal, em julho deste ano a taxa de juros ficou menor do que quando comparado a julho de 2018. Naquela época, estava em 44,6%, e no mês passado a taxa ficou em 43,9%. Para o crédito pessoal consignado, aumentou de 118,5% para 119,5% quando comparado em um espaço de doze meses. No consignado, houve queda de 24,9% para 25,5% ao ano.

Na questão dos juros médios, a taxa foi de 38,1% em julho do ano passado para 38,0% em julho deste ano. Entretanto, nos juros para pessoas físicas, houve um aumento de 52% para 52,2%. Para pessoa jurídica, houve queda, indo de 20,6% para 19,2%.

Em inadimplência, houve recuo na taxa de juros em operações com recursos livres, indo de 4,4% de julho do ano passado para 4% de julho deste ano. As empresas com inadimplência têm o valor percentual de 2,8%, e, para pessoas físicas, de 4,8%.

No spread bancário para crédito de pessoas físicas e jurídicas, em julho de 2018 era de 29,4 pontos percentuais e foi para, em julho deste ano, 31,6 pontos percentuais.

A taxa juros de captação para os bancos recuou para 6,4% ao ano, e a de aplicação caiu 0,1 ponto percentual, ficando em 38% ao ano.