Na última quarta-feira (20), o mercado internacional amanheceu em alvoroço com a posse do novo presidente da maior potência mundial, Joe Biden. Economias em frenesi aguardavam ansiosamente que o democrata assumisse a república norte-americana.
Enquanto o Ibovespa caía, em Wall Street, registravam índices recordes de ações na bolsa. O índice foi fechado em 1,39%, a nova máxima histórica de 3.851,85 pontos. Contudo, aqui no Brasil o Ibovespa fechou em queda no segundo pregão consecutivo.
Incertezas e queda
O Ibovespa, é o maior indicador de desempenho de cotações de ações, com maior volume no Brasil. Com a posse do novo presidente dos Estados Unidos e com a incerteza no cenário político mundial, a bolsa brasileira fechou em queda pela segunda vez consecutiva.
Na quarta-feira (20), a queda foi de 119.646 pontos, cerca de 0,82%. Especialistas indicam que o B3 ignorou o cenário otimista mundial dado pela posse de Joe Biden. Com base no cenário interno de vacinação do país a insegurança tem crescido devido ao atraso.
“O mercado está preocupado com o cenário de atraso da vacinação no Brasil, o que pode fazer a recuperação econômica tardar.” Afirmou a analista da Toro Investimento, Stefany Oliveira, à CNN Brasil Business. Além disso, o aumento dos casos diagnosticados de Covid-19 tem desestabilizado o mercado.
B3 fecha em queda pela segunda vez consecutiva
As ações da PetroRio foram as que sofreram a maior queda, de 3,66%, a Embraer teve queda de 3, 27%. Enquanto varejistas como a Magazine Luiza, tiveram um aumento nas ações de 5,5%, as Lojas Americanas tiveram alta de 4%, mas a campeã foi a B2W com alta de 8,59%.
Especialistas da plataforma InfoMoney afirmam que os principais responsáveis pela baixa foram as ações das blue chips, ações de bancos, da Vale e da Petrobrás.
Com base nos analistas ouvidos pela CNN Brasil, o declínio do sistema de saúde pública nacional prevê que medidas como a retomada do auxílio emergencial devam acontecer, o que afeta a austeridade fiscal que o governo ambicionava alcançar.
Além disso, os investidores do país aguardavam o posicionamento do Banco Central em relação à Selic. Os analistas entendem que o aumento da Selic seria o que poderia oferecer o suporte para o câmbio. O BC optou por manter a taxa em 2%, mas especialistas entrevistados pela plataforma InfoMoney preveem alta.
Cenário internacional
Enquanto o Bovespa pegava direção contrária, bolsas internacionais fecharam em alta na última quarta-feira (20), foi o caso das bolsas de Wall Street que tiveram índices recordes de alta. Apesar disso, o dólar comercial fechou em queda de 0,63% a R$ 5,3108.
O último balanço da Netflix também foi responsável pela alta nas ações, a companhia que divulgou que nesta semana alcançou cerca de 200 milhões de assinantes, foi alvo da corrida de investidores.
Após a aparição do fundador Jack Ma depois de três meses fora dos holofotes, as ações da Alibaba tiveram uma alta de 8,52%. Em Xangai, a bolsa chinesa fechou em alta de 0,47%, a 3.853,09 pontos. Já em Tóquio, o índice Nikkei teve baixa de 0,38% a 28.553,26 pontos.