Hospital Care alcança o faturamento de R$ 1 bilhão e estuda entrar na Bolsa

Hospital Care, uma holding controlada pelo investidor de private equity Crescera e os empresários Elie Horn e Julio Bozano, analisa os problemas de listagem nos próximos meses de 2021. No ano passado, o grupo completou 7 aquisições com faturamento de R $ 1 bilhão.

Segundo fontes não identificadas, consultadas pelo Valor Investe, até 2021 a receita anual deve chegar a 1,7 bilhão de reais e 770 leitos hospitalares. Como a empresa planeja atingir um crescimento orgânico de 270 milhões de reais até 2022, o número de unidades de internação pode dobrar.

Hospital Care alcança o faturamento de R$ 1 bilhão e estuda entrar na Bolsa
Fonte: (Reprodução/Internet)

A demanda exagerada ajuda a inserir hospitais na Bolsa

Após a oferta pública inicial (IPO) da Rede D’Or, a área de saúde hospitalar começou a pensar em estrear na bolsa ainda este ano. Outras empresas de saúde controladas pelo Pátria, como Dasa e Athena, devem seguir a mesma abordagem para capitalizar o interesse dos investidores no setor de saúde.

Há uma grande demanda por negócios envolvendo hospitais. Entretanto, metade dos hospitais do país são pequenos com aproximadamente 50 leitos e, para tornar o negócio lucrativo, essa quantidade deve ser triplicada.

Mesmo neste caso, nos últimos cinco anos, desde que a legislação passou a permitir a entrada de capital estrangeiro nos hospitais, o grupo que mais recebeu foi a Rede D’Or. Criado há apenas quatro anos, o Hospital Care foi idealizado pelo atual ministro da Economia Paulo Guedes. 

A receita do grupo saltou de R$ 250 milhões para R$ 1 bilhão entre 2017 e 2020. A estratégia da empresa é entrar na rede de unidades médias e baixas complexidade da cidade, com a aquisição de um hospital de alta complexidade e, em seguida, a instalação de uma filial.

Situação atual do Hospital Care

Atualmente, a holding conta com 9 hospitais e mais 20 unidades, entre clínicas e laboratórios de diagnóstico, em São Paulo, Florianópolis e Curitiba. Além disso, fechou um contrato de locação em Florianópolis pelo prazo de 30 anos, podendo ser renovado pelo mesmo período.

Outra frente da holding é a criação de uma startup com base no modelo de remuneração por desempenho. Recentemente, firmou parceria com a Union, nova operadora de seguro saúde da Sermed, que utiliza exclusivamente essa forma de pagamento.

Setor de saúde na Bolsa de Valores

A bolsa de valores brasileira é constituída por mais de 300 empresas, subdivididas em 11 setores, dentre eles um dos mais perenes e latentes: o da saúde. Esse setor é composto por empresas que fornecem produtos e serviços, como equipamentos, por exemplo. Dessa forma, o setor em si é extremamente amplo e necessário na economia.

Hospital Care alcança o faturamento de R$ 1 bilhão e estuda entrar na Bolsa
Fonte: (Reprodução/site Exame.com)

Para entender a relevância, segundo o IBGE, a expectativa de vida média dos brasileiros era de 76,3 anos em 2018 e de 57,6 anos em 1970. Com base nesses números, pode-se imaginar a importância do setor saúde, seja no aumento da quantidade ou na qualidade de serviços e produtos prestados direta ou indiretamente aos usuários do setor.

Considerações do BTG sobre o setor de saúde

O BTG Pactual aprecia apenas uma das 5 ações no setor de saúde na Bolsa brasileira: a Hap Vida (HAPV3). A Pactual ressalta positivamente o foco principal da Hapvida nos crescimentos orgânico e inorgânico, isso porque a companhia proveu mensagem otimista, destacando a maturidade de seu novo projeto mais recente em Joinville, segundo analistas.

References

Hap Vida (HAPV3)HAPV3 (HAPVIDA ON NM) | InfoMoney