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Na época de 1979, iniciou-se um mistério que durou anos, abalando toda a cidade de Nova York. Um garotinho e 6 anos, chamado Etan Patz, desapareceu enquanto andava sozinho, pela primeira vez, até chegar no ponto de ônibus de sua escola, localizada em Manhattan. A situação aterrorizou os pais do mundo inteiro, pois este é um dos maiores medos de muitos. Depois de investigar o caso, 40 anos depois, um homem – que na época era adolescente – foi condenado por sequestrar e matar o Etan, chegando a ser condenado a 25 anos de prisão perpétua. Clique em próximo e descubra o que aconteceu, de fato, com o pequeno Etan Patz, além de mais detalhes sobre o caso.
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Início do caso
Na manhã do dia 25 de maio de 1979, a casa de Etan Patz estava bem agitada. Esse era o último dia de aula antes do Memorial Day, feriado nacional dos Estados Unidos. Sua mãe, Julie, que gerenciava uma creche no lote da família, em SoHo, tinha duas crianças para cuidar – uma que já estava no local e seu filho. Diante de toda a situação, Patz viu a oportunidade perfeita para pressionar a sua família por mais independência e em meio a euforia da casa, decidiu ir sozinho à escola. ‘‘Está tudo bem, mãe! Eu posso fazer isso’’ disse Evan a sua mãe.
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Evan sai de casa sozinho
A mãe de Evan, Julie, com uma leve resistência, concordou com o filho. Com isso, ele começou a arrumar a sacola que levava para escola. Essa bolsa foi enfeitada com pequenos elefantes, dado pela mãe de um coleguinha. Nela, ele guardou um boné da Eastern Airlines e o seu chapéu favorito. Depois de tudo pronto, Julie levou o menino para fora de casa. Evan se despede de sua mãe e vai caminhando em direção ao ponto de ônibus com uma nota de $1 dólar, pensando em comprar um refresco no caminho. Em seguida, Julie atesta que foi a última vez que viu o seu filho. Depois de telefonar para Etan, naquela tarde, ela percebeu que ele não tinha chegado na escola ou no ônibus.
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Como New York reagiu?
Ao perceber que o seu filho tinha sumido, Julie Patz entrou em choque. ‘‘Minhas pernas começaram a ceder’’, menciona a mãe no tribunal que aconteceu ano passado. Em alguns dias, a casa da família tinha se transformado em um espaço de investigação. A foto da criança desaparecida se espalhou pela cidade, sendo fixada nas primeiras páginas dos noticiários e mostrada nos jornais da televisão. Para ajudar na divulgação, colocaram cartazes ilustrando o menino com o seu cabelo por baixo do boné, pois era assim que ele estava quando saiu de casa. Há relatos, ainda, que a foto de Etan foi a primeira de criança desaparecida a circular em caixas de leite.
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Repercussões diante do caso
Em 25 de maio, o dia em que Etan Patz desapareceu, foi determinado como o Dia Nacional da Criança Desaparecida pelo Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos na época. Além disso, o caso contribuiu na criação do Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, em 1984. Autora de ‘‘Sequestrado: Rapto de Crianças na América’’, Paula Fass, relata que esse caso a ajudou como forma de inspiração e de ideia, lembrando de quando as crianças – mais especificamente os meninos – eram sequestrados por um pedófilo (na maioria das vezes). Apesar de toda a repercussão diante do caso, nenhuma solução veio à tona.
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O que aconteceu com o passar do tempo?
Diversas teorias e explicações foram divulgadas e diferentes suspeitos surgiram. Um condenado por molestar crianças, chamado Jose Ramos, foi incluso no caso, sendo perseguido por autoridades durante anos. Uma curiosidade é que Ramos já teve um caso amoroso com uma moça, que foi contratada pela família Patz para levar Etan de casa para a escola. Conforme os anos foram passando, a situação trouxe uma nova observação. No ano de 2000, os investigadores ficaram cerca de oito horas examinando o porão de um prédio em Manhattan, onde Ramos morava antigamente. A investigação achou alguns fragmentos de ossos, mas eles eram de animais de estimação.
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Mais suspeitos
Ao perceber que Othniel Miller, trabalhador braçal, tinha feito um pavimento de concreto depois que Etan Patz desapareceu, autoridades desenterraram o terreno dele. Esse homem conhecia a criança, que deu a nota de $1 dólar à ele na manhã em que desapareceu. As constantes buscas diante do caso, que promoveu uma onda de cobertura jornalística nas mídias, não indicou os restos mortais da criança. Depois de algumas semanas, Jose Lopez, um homem que vivia em Nova Jersey procurou os policiais, pois ele achava que o seu cunhado, Pedro Hernandez, estaria envolvido no caso, podendo ser o responsável pelo sumiço de Etan.
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Quem era Pedro Hernandez?
Em 1979, Pedro Hernandez tinha abandonado o ensino médio e se mudado recentemente para Camden, em Nova York. Ele trabalhava em uma mercearia como balconista em West Broadway, perto da parada de ônibus de Etan. Depois da criança desaparecer, em alguns dias, Pedro voltou a New York e conseguiu um trabalho em uma fábrica. Desde então, ele começou a dizer que tinha matado uma criança, confessando a um ancião de igreja em um retiro e a um grupo de oração. Ele caiu em lágrimas ao falar sobre o assunto. Segundo o testemunho, havia algumas diferenças nas histórias: um amigo de infância achou que Hernandez tinha matado uma criança e a sua ex-esposa pensou que era um adolescente.
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A entrevista do acusado
Após o cunhado de Pedro Hernandez ter chamado as autoridades, o acusado foi entrevistado por especialistas. De acordo com a polícia, ele ficou com os investigadores por várias horas até ceder. Hernandez conta que atraiu o garoto para o porão da mercearia, perguntando se ele queria um refresco. Com isso, Etan Patz aceitou e foi atacado pelo homem. ‘‘Agarrei-o pelo pescoço e comecei a sufocá-lo’’, afirma Hernandez, no interrogatório feito com os detetives. Ele não alegou ter matado Etan, em vista de ter colocado ele vivo dentro de uma sacola plástica e uma caixa, jogando-o a um quarteirão de distância do seu local de trabalho. Depois de quase 40 anos, a polícia prendeu o homem, acreditando que ele é o responsável.
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O julgamento
O núcleo da acusação do Pedro Hernandez foi as suas próprias palavras. Apesar de não ter encontrado nenhum resto mortal ou algum prova do crime com pertences de Etan Patz, os promotores tiveram poucos recursos para se trabalhar. Eles mostraram as gravações em vídeo do acusado confessando o crime, além do testemunho das pessoas e dos detetives que ouviram Hernandez confessar o crime. Os advogados do homem relataram que ele tem distúrbio de personalidade e a inteligência limitada. Com isso, o acusado pode sim ter falado algo, mas não feito. Becky Hernandez, a filha de Pedro, mencionou que o pai conversava consigo mesmo e ainda via coisas sobrenaturais.
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O final do caso
Diante dos argumentos feitos na audiência, os membros do júri ficaram com algumas dúvidas. Havia uma única pessoa que não acredita que Hernandez era o culpado. No entanto, em 14 de fevereiro de 2017, depois de discutir sobre, o juiz declarou o homem culpado por matar o Etan Patz. O procurador de Manhattan, Cyrus R. Vance Jr, disse que o desaparecimento da criança assombrou diversas famílias de NY durante quase 40 anos. O desfecho do caso estava entre as prioridades da autoridade. “Hoje, um júri afirmou além de toda dúvida duradoura, que Pedro Hernandez sequestrou e matou a criança desaparecida”, relata Cyrus. Pedro Hernandez foi sentenciado a 25 anos de prisão.
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