Banco Inter reforça sua equipe e contrata novo marketplace que é ex-Facebook

O Banco Inter agora conta com uma contratação de peso, Rodrigo Gouveia. O anúncio da contratação do executivo, que integrava a equipe do Facebook para a América Latina, no cargo de Global Client Partner, veio na última quarta-feira (14). 

“Rodrigo Gouveia integrava a equipe do Facebook para a América Latina, no cargo de Global Client Partner”.

Rodrigo tem vasta experiência e está incluído no mercado de comunicação e marketing há 20 anos, tendo atuado em empresas dos setores financeiro, automotivo, bens de consumo, indústria, varejo, telecomunicações e startups. Com atuação em cinco países, sendo eles o Brasil, Argentina, Colômbia, Estados Unidos e México.

Banco inter
Foto: (reprodução/internet)

O banco pretende alçar voos ainda mais altos, deixando de ser uma simples plataforma bancária para se tornar um Super App, especializando-se não só em serviços financeiros, mas também em serviços não financeiros.

Por que Rodrigo Gouveia?

A escolha por Rodrigo foi justamente por sua experiência em App mobile e Marketing Digital. Segundo a empresa, com a mudança, será possível fazer compras em lojas de departamentos, eletroeletrônicos, turismo e drogarias. O nome de Rodrigo foi cotado para diversificar a oferta de serviços, não se prendendo apenas ao mercado financeiro

Em nota, o Banco Inter divulgou algumas informações sobre funcionamento dos serviços: Além dos serviços financeiros, estamos criando um one stop shop dentro do aplicativo da Conta Digital”, diz Gouveia. 

Além também de ofertar serviços de entrega sob demanda: Em alguns casos, a compra será feita dentro do próprio aplicativo, sem a necessidade de ir para um ambiente externo”.

O que dizem os executivos

A empresa Occam Brasil fez um relatório, onde dizia que “Essa facilidade resultará em dois aspectos positivos para a conversão das visitas em vendas: o primeiro é referente ao sigilo, pois como os dados do cartão/conta estão cadastrados no Banco Inter, que possui padrão de excelência em segurança, isso deveria diminuir o número de fraudes/roubo de dados bancários do correntista. 

O segundo ponto é o menor atrito no processo de checkout, diminuindo a possibilidade de imputs errôneos (dados já estão cadastrados) e tornando a finalização da operação mais ágil, pois, diante dos dados já salvos dentro do ambiente do Super App, não há necessidade de digitá-los novamente na hora de encerrar o processo”, completa o relatório.

Objetivos do branco

Os objetivos são claros: tornar o aplicativo um verdadeiro shopping digital. Levando em conta os resultados positivos que acontecem na China com os Super Apps, é seguro dizer que o Banco Inter busca os mesmo resultados de migração dos cartões de crédito e em dinheiro para os pagamentos via mobile.  

Essa diversificação econômica coloca o Brasil em uma rota do futuro. Segundo os dados divulgados pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), em março deste ano, o uso de cartões cresceu 14,5% e atingiu R$ 1,55 trilhão em compras em 2018.

Diferente do mercado chinês, o Brasil ainda precisa se emancipar do uso excessivo de cartões de crédito. Os pagamentos digitais já são uma realidade, mas ainda estão muito distante do mercado onde Super Apps são soberanos. Em um relatório, a Occam Brasil informou que o Banco Inter deve receber uma comissão entre 3% e 15% dos produtos e serviços vendidos no marketplace.