Ayatollah Khamenei proíbe a importação de vacinas COVID feitas nos EUA e no Reino Unido para o Irã

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, proibiu na sexta-feira a importação de vacinas contra o coronavírus produzidas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, dizendo que eram “completamente indignas de confiança”.

Ayatollah Khamenei proíbe a importação de vacinas COVID feitas nos EUA e no Reino Unido para o Irã
Foto: (reprodução/internet)

A proibição

“Não é improvável que eles queiram contaminar outras nações. Dada a nossa experiência com suprimentos de sangue contaminados com HIV na França, as vacinas francesas também não são confiáveis”, disse ele em um tweet acompanhado pela hashtag #CoronaVaccine.

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Ele se referia a um escândalo na década de 1980 em que sangue infectado com o HIV foi distribuído na França e, posteriormente, no exterior, mesmo depois que o governo tomou conhecimento do problema, informou a Agence France-Presse.

Centenas de pessoas no Irã estavam entre os infectados.

O então primeiro-ministro da França, Laurent Fabius, foi acusado de homicídio culposo, mas absolvido em 1999. Seu ministro da saúde foi condenado, mas nunca punido.

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A República Islâmica relatou mais de 1,2 milhão de casos de COVID-19 e mais de 56.000 mortes, de acordo com a agência de notícias.

Acusou os EUA de dificultar o acesso às vacinas por meio de um regime de sanções estrito.

O Irã, o país do Oriente Médio mais atingido pela pandemia, lançou no mês passado testes clínicos de sua própria vacina.

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Embora alimentos e remédios estejam tecnicamente isentos das sanções, os bancos internacionais tendem a recusar transações envolvendo o Irã.

No mês passado, o presidente Hassan Rouhani disse que Washington exigiu que Teerã pague pelos medicamentos por meio de bancos americanos, acrescentando que temia que os Estados Unidos confiscassem o dinheiro.

Traduzido e adaptado por equipe Folha BR
Fonte: New York Post