Um importante especialista em vacinas da África do Sul acredita que o país pode ter alcançado imunidade coletiva contra COVID-19 após um grande surto ali durante o verão.

Cerca de 12 a 15 milhões de pessoas na África do Sul – o quinto país mais infectado do mundo no auge da pandemia – podem agora ter algum nível de imunidade contra o vírus, disse o professor Shabir Mahdi à Sky News.
“O que aconteceu na África do Sul hoje, a única forma de explicar, a única forma plausível de explicar é que algum tipo de imunidade coletiva foi alcançada quando combinada com o uso de intervenções não farmacêuticas … como o uso de máscaras, físicas distanciamento, garantindo ventilação dentro de casa e assim por diante”, disse ele.
Pesquisadores da Cidade do Cabo descobriram na época do surto de junho a julho que em média 40% das pessoas testadas tinham anticorpos contra o coronavírus – a maioria não sabia que havia sido infectada, disse o Dr. Marvin Hsaio à Sky News.
Cerca de um terço das pessoas testadas em um estudo semelhante em Gauteng – lar da maior cidade da África do Sul, Joanesburgo – também tinham anticorpos, de acordo com resultados preliminares.
“Inexplicavelmente, o número [de infecções] começou a cair no final de julho, e na época eu não conseguia explicar por quê”, disse Hsiao.
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“Mas quando analisamos os dados, ficou claro. Essa imunidade no nível da população [ligada] ao grande surto de infecções é provavelmente a principal razão pela qual vimos a diminuição do número de infectados”.
Mas um novo estudo sugere que qualquer imunidade alcançada contra o vírus pode não durar muito.
Cientistas do Imperial College de Londres descobriram que os níveis de anticorpos na população britânica caíram de 6 por cento no final de junho para 4,4 por cento em setembro.
A África do Sul registrou mais de 717.800 casos confirmados de COVID-19 e 19.053 mortes, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis do país.
Traduzido e adaptado por equipe Folha BR
Fonte: New York Post