Ben Zruel Aprendeu a lidar com a economia e a cultura de consumo do Brasil e deu uma reviravolta, e hoje ajuda as pessoas a organizarem suas finanças, se livrar de dificuldades, acumular ativos e, o mais importante, aprender a enriquecer com conceitos que estão ficando conhecidos no Brasil há pouco, como o minimalismo.
Atualmente, o israelense também possui um canal no Youtube, chamado: Ben Zruel ( com 226K de inscritos) e, apesar de também oferecer cursos e livros em sua página oficial, busca democratizar o acesso a essas informações por meio do seu canal, como por exemplo, alguns passos minimalistas para alcançar a liberdade financeira.
Antes de mais nada, o que é minimalismo?
O minimalismo por si só é um hábito de vida que tem sido adotado por diversas pessoas em várias partes do mundo inteiro. O principal objetivo dessa teoria é possuir apenas aquilo que é útil e que agregue valor à sua vida.
Isso não abrange apenas os objetos materiais que mantemos guardados dentro do armário ou nas gavetas das mesas. Essa corrente abrange vários âmbitos de uma vida pessoal, como: o minimalismo material, minimalismo digital e o minimalismo financeiro, por exemplo.
Esse último âmbito é o que vamos abordar neste artigo: o minimalismo financeiro. Por isso, continue lendo e confira quais são os 8 passos minimalistas indicados por Ben Zruel para alcançar a liberdade financeira com bons objetivos e metas corretas.
O princípio básico do minimalismo financeiro
Os defensores dessa ideia não pararam de comprar o que precisam ou se opõem ao consumo – eles apenas colocam a qualidade acima da quantidade, em vez de viver para o dinheiro. Assim, eles se livram de problemas financeiros, organizam melhor suas contas, tempo e energia e se dedicam ao crescimento pessoal.
8 – Evite consumo excessivo
Um ponto muito importante no conceito do minimalismo é obter, possuir ou consumir apenas aquilo que tenha valor ou que o agrega para si. Por isso, o primeiro passo para aderir ao minimalismo em prol da liberdade financeira é evitar o consumo excessivo de informações.
Na série “Minimalismo Já”, protagonizada pelos amigos Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, o primeiro episódio explica como o consumo excessivo de informações, seja por meio de smartphones, redes sociais ou as propagandas expostas nas ruas por onde se passa pode ser prejudicial.
Isso porque, o tempo todo estamos sendo influenciados e monitorados por aplicativos de inteligência artificial que sabem por onde passamos e o que visualizamos. Por isso, constantemente temos a sensação de que a internet sabe exatamente o que estamos procurando – quando na verdade fomos apenas influenciados.
7 – Tenha um legado na vida
Ben Zruel chama de legado o mesmo propósito de vida e defende que, ao não possuirmos um, começamos a preencher vazios existenciais e internos com bens materiais ou situações financeiras (como dívidas) que, na verdade, não são úteis ou valorosas.
Por isso, o recomendado é resolver as outras áreas da vida ao invés de tentar preencher vazios com compras desnecessárias. Possuir um objetivo de vida, um propósito ou um legado é algo primordial para elaborar objetivos e traçar metas.
Ao fazer isso, juntar a quantia necessária, investir, ou mesmo não desistir dos seus principais objetivos e sonhos financeiros se tornam uma tarefa. Uma boa saída para isso são planilhas financeiras, que dialoguem com suas perspectivas de vida, sonhos e paixões.
6 – Menos é mais
Aqui, o ponto essencial para ter a liberdade financeira é buscar por uma vida simples e fugir, sempre que possível, de parcelas e financiamentos. Ben Zruel destaca que, quando se parcela uma compra, a pessoa não só está comprando algo que não precisa, como está comprando com um dinheiro que não possui.
Segundo o consultor financeiro, ao admitir um padrão de vida mais alto, aumentam-se as contas mensais e, consequentemente, complica-se tudo, em especial a situação financeira – ficando cada vez mais longe dessa independência econômica pessoal.
Ele destaca ainda que, para alcançá-la, é importante não viver acima do seu padrão de vida, e tampouco nessa linha. A recomendação é viver abaixo do seu padrão, assim como recomendam a maioria dos economistas em se tratando de finanças.
5 – Foque na qualidade
O israelense entra em um ponto muito delicado quando falamos de finanças, como o fato de que as coisas mais importantes da vida não são o dinheiro; mas que, para poder aproveitá-lo, é importante possuir paz de espírito, o que se consegue focando na qualidade de vida.
E o minimalismo não fala apenas sobre a qualidade de vida, mas também nas compras de qualidade. Ou seja, invista em qualidade em detrimento da quantidade, preferencialmente coisas boas e duradouras. Evite uma corrida frenética atrás de cada vez mais coisas, mais roupas, mais tralhas.
4 – Cuide bem do que você já tem
Quando se compra algo pensando em sua qualidade e durabilidade, automaticamente também se pensa em cuidado. Isso porque, ao comprar algo mais caro, focando na sua qualidade e não quantidade, naturalmente também temos mais cuidado com aquilo que adquirimos.
Por outro lado, com roupas e objetos baratos, a mesma coisa ocorre, porém em sentido oposto. Ou seja, ao comprar algo barato, naturalmente, descuidamos mais daquele objeto, já que ele é mais “baratinho”, o que pode ser facilmente substituível. No final, o barato sai mais caro.
3 – Doe o que você não precisa mais
Ainda conforme Ben, um guarda roupa limpo está cheio de coisas boas. Além disso, para quem já pesquisou sobre organização sabe, o cérebro ama olhar para um espaço organizado. Então, ao organizar seus armários ou sua mesa de trabalho, o seu cérebro também se realinha.
Segundo o neurologista Leandro Teles, membro da Sociedade Brasileira de Neurologia, a organização ajuda o cérebro a funcionar melhor porque permite que ele execute tarefas de maneira mais previsível. Isso estimula a agilidade e a criatividade para resolver problemas.
2 – Tudo que você compra tem um custo
O minimalismo também preza por diminuir o impacto ambiental. Pare e olhe para um simples sapato de couro. De onde vem esse couro? Custou uma vida. Reflita também sobre quantas pessoas trabalharam para fazer uma roupa, quanto de tinta provavelmente usaram. Tudo possui um custo.
Tente fugir dessa busca incessante por comprar coisas as quais não precisa, isso não é necessário e gasta um dinheiro que você poderia estar investindo na bolsa de valores, no seu futuro ou ainda no futuro dos seus filhos. Tenha um plano, cumpra as metas. Não se desvie do seu objetivo.
Mas isso não envolve apenas objetos, mais uma vez. Ben Zruel também destaca a importância de consumir com sabedoria, por exemplo, os alimentos. Evite desperdícios de alimentos, cozinhe apenas para a quantidade de pessoas que irão comer, evitando assim que a comida vá para o lixo.
O preço da comida também está subindo por causa do desperdício
O consultor financeiro ainda faz questão de comentar que, além da inflação, outro fator muito preponderante e que influencia diretamente no valor dos alimentos – que está cada vez maior – é o seu próprio desperdício.
1 – Não faça comparações
“Viva os seus valores e não se importe com o que os outros pensam de você”, destaca Ben. Até porque, para ele, um dos preceitos mais importante para ser feliz esteticamente, financeiramente ou até em relações amorosas – independente de religião ou ideologia – é justamente evitar comparações.
Na maioria das vezes, essa é a chave para obter sucesso em qualquer âmbito da sua vida, inclusive a financeira. Não importa se o que você tem é pequeno ou velho, desde que te faça feliz cumpra com os propósitos pelos quais você o adquiriu. Mais uma vez: não se endivide, menos ainda pelo o que dirão de suas escolhas.